A Inspiração

Quando criei o blog “Projeto de Futuro”, a minha intenção era compartilhar. Compartilhar estórias, caminhos, vidas. No meu consultório, todos os dias, recebo jovens aflitos, com muitos receios, e até mesmo posso dizer medo ( relutei para usar essa palavra porque não gosto muito desse sentimento) de seguir em frente. Medo de escolher um caminho profissional, medo de “se colocar a caminho”. Isso acontece, percebo, por dois motivos: o primeiro, a insegurança (insegurança de escolher uma profissão por não saber quem se é de verdade, por não conhecer de verdade como é o dia a dia de um profissional de determinada carreira ou porque surgem algumas incertezas em relação ao mercado de trabalho e salários) e em segundo lugar, a questão da auto-estima (surgem muitos questionamentos: será que eu sou capaz de escolher? será que sou forte o bastante pra tomar uma decisão e seguir em frente? Será que sou capaz de tomar uma decisão sozinho? etc..). Muitas vezes, até ter que escolher que profissão vai seguir, um jovem entre 16 e 18 anos pode nunca ter precisado fazer uma escolha tão importante.

A Orientação Vocacional Gestáltica entende todos esses questionamentos e durante o processo passeamos por todos esses pontos: auto-conhecimento, auto-estima, habilidades, informações sobre carreira e mercado e maturidade para escolher. Mas, queríamos algo a mais. Queríamos mostrar para nossos clientes e leitores estórias possíveis de profissionais bem-sucedidos que foram em busca do seu sucesso com muito trabalho e dedicação. Mostrar que é possível ser um bom profissional quando se faz o que se gosta (por isso que escolher certo é fundamental) e quando há empenho e responsabilidade. Sim, porque é necessário muita responsabilidade. Muita gente me pergunta se eu acredito em talento nato, vocação etc.. Eu acredito em talento sim, mas se eu colocasse em porcentagem, diria que para ser bem-sucedida, uma pessoa precisa de 30% de talento e o resto é trabalho, vontade e esforço.

Eu acho que fazer a escolha certa é crucial e eu, particularmente, tenho um carinho muito grande por esse trabalho. Se uma pessoa tem um trabalho que a faz feliz, ela se torna uma pessoa melhor, e transforma o mundo num lugar melhor também. Já imaginou: um mundo repleto de bons profissionais, dedicados, preocupados em dar o melhor de si para que tudo se resolva da melhor maneira possível e, portanto, preocupado com os outros também. É uma questão de saúde: teríamos menos pessoas com quadros de depressão, estresse etc... A vida de todo mundo seria bem melhor.

Espero que o “Projeto de futuro” possa servir como um espelho. Espero que possa ser uma forma de questionamento e inspiração para esse galera nova que está traçando seu caminho agora e que tem muita estrada pela frente.
Barbara Tamburini


domingo, 30 de janeiro de 2011

Síndrome de Burnout: inimiga oculta (também para os vestibulandos!)

A síndrome de Burnout, também chamada de síndrome do esgotamento profissional, foi assim denominada pelo psicanalista Herbert J. Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 70.
A dedicação exagerada à atividade profissional (ou ao estudo/estafa por estresse) é uma característica marcante de Burnout, mas não a única. O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a auto-estima pela capacidade de realização e sucesso profissional. O que tem início com satisfação e prazer, termina quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, necessidade de se afirmar, o desejo de realização profissional se transforma em obstinação e compulsão.
 Trabalhadores da área de saúde são freqüentemente propensos ao burnout  porque tem freqüentes interações intensas ou emocionalmente carregadas com pessoas que podem estar passando por momentos de muito stress em suas vidas (doenças, perdas, luto).
Outra parte da população muito afetada pelo Burnout são estudantes em fim de ciclos (término de universidade, ensino médio, mestrado, etc...). Nestes casos, O Burnout se manifesta como uma depressão vinda da insegurança que acompanha o começo de uma nova etapa na carreira.

São doze os estágios de Burnout:
  • Necessidade de se afirmar
  • Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho;
  • Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;
  • Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
  • Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da auto-estima é o trabalho;
  • Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
  • Recolhimento;
  • Mudanças evidentes de comportamento;
  • Despersonalização;
  • Vazio interior;
  • Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;
  • E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental.

    O tratamento ideal para a Síndrome de Burnout é feito por acompanhamento médico-psiquiátrico e psicológico. Vale lembrar que o mais importante é estarmos sempre atentos e procurarmos toda ajuda possível sempre que julgarmos necessário para o nosso bem-estar físico e mental
    .

O que é ser um gestalt-terapeuta?


Muitas pessoas me procuram para perguntar sobre a gestalt-terapia: o que é Gestalt, em que os gestalt-terapeutas baseiam sua prática, se nós usamos "técnicas" em terapia, como achamos a gestalt, enfim, muitas perguntas. Às vezes, sou pega de surpresa por alguma pergunta que fica guardada por tempos na minha memória e me faz pensar muito sobre a minha prática, minha profissão e às vezes na minha forma de levar a própria vida. Resolvi, por causa disso, escrever um pouquinho sobre o que é ser gestalt-terapeuta. A gestalt-terapia é uma terapia de encontro com o outro, uma terapia de contato, uma terapia reconhecimento não só de nós mesmos, mas de tudo à nossa volta. Muitas vezes, ficamos cristalizados num momento, inflexíveis, imóveis. A gestalt-terapia vem resgatar essa rigidez, vem mostrar que há um universo de opções e que para isso só precisamos olhar mais uma vez, olhar de "olhos abertos", olhar enxergando todos os caminhos possíveis para uma nova possibilidade, para um novo eu brotar em nós mesmos. Duvidamos da nossa capacidade de recriar, fazer de novo, olhar com outros olhos para uma mesma coisa e compreender que não tínhamos visto um ponto de luz. Passou despercebido meio a tanta correria... Não tínhamos feito contato com a solução, talvez, para uma questão muito dolorida da nossa existência. Esse ponto de luz estava lá o tempo inteiro, fazia parte de nós, mas sem saber bem o porquê não demos valor para essa partezinha da história, tão libertadora, capaz de nos evitar tanto sofrimento. O segredo estava em refazer o caminho desfeito lá atrás para voltarmos fortes e andarmos renovados, de consciência ampliada. Refazer é o caminho de todos os gestalt-terapeutas. Refazer, recriar, recontar, retratar... Enfim, para nós, é voltando que se aprende, é voltando que se liberta, é voltando que se vai à frente. Nossa história é a chave para tudo. Para nossa felicidade, realização, saúde, vida como também é para todo inverso: infelicidade, descrença etc... Cada um tem uma história tão única quanto o ser que somos: único, indissociável, uno. É olhando para nossa história que damos sentido para nossa existência. Não há só flores nos caminhos, obstáculos também fazem parte da vida. Mas, o que não muda é que o caminho é nosso, a experiência é nossa e o que fazemos com essa bagagem também é responsabilidade nossa.  Se vamos usá-la para fazer o bem ou o mal, se vamos usá-la para ser feliz ou infeliz, se vamos usá-la para viver ou não. O caminho é tão uno quanto às escolhas. Não quis escrever um texto denso, cheio de teorias e bibliografias. Queria tentar passar um pouco do que é ser um gestalt-terapeuta pra mim. E ser um gestalt-terapeuta é isso mesmo. É levar o cliente de volta ao ponto de partida, é fazê-lo se reconhecer em sua própria história, ajudá-lo a agradecer pelas coisas boas e mostrar que os momentos difíceis também fazem parte do que ele se tornou hoje. É tornar o cliente responsável por suas escolhas e consciente delas. É trazer à consciência sentimentos e sensações antes sem espaço para expressão. É mostrá-lo que a criatividade é uma capacidade que nasce conosco e é libertadora. E, por fim, mostrar que o mundo não é perfeito, mas que a felicidade é possível e está pronta pra quem quiser achá-la.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Roberto Vilhena, 29 anos, Sociólogo.


P-O que fez você escolher a sua profissão?
Não tive nenhum familiar ou conhecido em quem tivesse me espelhado. Minha opção se deu através de uma orientação vocacional, realizada com a terapeuta Ingrid Canedo, em 1999. Pesquisamos muito a respeito das profissões, o campo de atuação de cada profissional, as universidades... Até que optei por Ciências Sociais.

P-Em que local você trabalha? Como é seu ambiente de trabalho?
Sou professor de Sociologia e Filosofia. Trabalho colégios, ambientes muito animados onde estou sempre em contato com adolescentes. E como atuo no Ensino Médio com os vestibulandos acompanho de perto suas aflições e dúvidas sobre que carreira seguir. Converso muito com eles.

P-Você trabalha sozinho ou em equipe?
Em equipe com outros professores dos colégios
.
P-Qual seu horário de trabalho? Você tem uma rotina regular ou o seu horário se modifica em função da carga de trabalho?
Trabalho na parte da manhã e utilizo à tarde para montar aulas, corrigir provas, e também para cursar o Mestrado em Comunicação Social que faço na UERJ.

P-Você é empregado com carteira assinada e benefícios ou é autônomo?
Empregado com carteira assinada.

P-Como vc enxerga, atualmente, o mercado de trabalho para um profissional com a sua formação?
O mercado está cada vez mais exigente com relação à formação dos profissionais. No ramo da Educação, por exemplo, a exigência de um Mestrado torna-se cada vez mais importante. Notadamente para os que almejam lecionar em universidades.

P-Como é o seu estilo de vida?
Sou solteiro e moro com os meus pais. Levo uma vida normal, trabalho nos dias correntes da semana, e me divirto nos finais de semana saindo com os meus amigos, passeando com a minha namorada. Uma vida normal.

P-Você está satisfeito com o seu rendimento mensal ou acha que poderia ganhar mais?
Pra um profissional em inicio de carreira, que ainda não completou o mestrado, eu acho que tenho uma renda satisfatória, com boas perspectivas para o futuro. Até porque, ninguém constrói uma carreira de um dia para o outro.

P-Como você acha que um profissional com a sua formação pode  ajudar na construção de um mundo melhor?
Eu diria que trabalho justamente com a ciência que estuda a vida do homem em sociedade. Sou sociólogo, e sem dúvida alguma creio que é um campo que influi demais no entendimento dos fenômenos sociais para nos auxiliar nessa busca por uma sociedade mais justa.

P-O que você precisou fazer para chegar aonde chegou?
Muito estudo e muita leitura. Para qualquer profissional das Ciências Humanas a leitura é fundamental para nos mantermos atualizados.

P-Você consegue conciliar vida profissional e vida pessoal?
Sem problemas. Embora em final de bimestre a coisa fique um pouco mais corrida por conta dos prazos para entrega de notas.

P-Precisou abrir mão de algumas coisas na vida pessoal por causa da sua carreira?
Nada de relevante.

P-Quais são suas responsabilidades na profissão que você exerce?
Dar aula é uma responsabilidade muito grande. Ainda mais de Sociologia e Filosofia, assuntos que despertam muita curiosidade dos jovens. A responsabilidade maior fica por conta do que falamos em sala de aula, e como falamos. O professor é uma referência muito grande para os adolescentes. 

P- Muitos adolescentes ficam muito preocupados com a questão do dinheiro que uma ou outra profissão pode proporcionar. Como foi para você essa questão?
A questão financeira é importante, sem dúvida. Mais creio que isso está muito ligado à realização pessoal. Um profissional que gosta do que faz, busca cada vez mais se aperfeiçoar, e isso vai solidificando sua carreira, o que geralmente se traduz em incrementos salariais.

P- Você hoje, com certeza, é uma pessoa bem diferente da que você era quando escolheu qual carreira seguir. Como a sua profissão te influenciou a se tornar a pessoa que você é hoje (suas convicções, vontades, crenças etc..) ?
Totalmente. Quando fiz orientação eu tinha 18 anos. Hoje estou prestes a completar 30. Numa faculdade de Ciências Sociais você aprende muito mais do que um oficio. Você tem contato com correntes de pensamento e linhas de pesquisa que mudam completamente sua forma de entender o mundo, pensar sobre si mesmo. Sociologia é uma faculdade pra vida.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

UM PROFISSIONAL EM CONSTANTE MUDANÇA E EVOLUÇÃO: UMA HISTÓRIA DE REORIENTAÇÃO DE CARREIRA.

Roberto Thiengo – Mestre em Administração e Desenvolvimento Empresarial - Especialista em Administração Hospitalar  - Professor de Graduação e Pós-Graduação da UNIGRANRIO  - Consultor e Instrutor do SEBRAE e SENAC - Professor-Tutor da FGV online e da  UC Sebrae

robertothiengo@terra.com.br 



Roberto  é um profissional que aprendeu a lidar com mudanças, sempre procurando aliar oportunidades com vontade de evoluir.

Ainda adolescente enveredou pelo caminho da música, participando de algumas bandas de Rock. Nessa época também desenvolvia um talento para desenho, quando tentou o vestibular para arquitetura. Porém, não conseguiu se classificar.

Logo em seguida, iniciou um curso de química industrial, procurando adicionar novos conhecimentos, já que ingressara em uma empresa multinacional na área de petróleo. Não chegou a concluí-lo apesar de ter demonstrado bastante habilidade com tubos de ensaios e componentes químicos.

Inquieto, Roberto iniciou um curso de técnico em contabilidade, procurando adequar-se às suas novas tarefas no departamento de contabilidade da mesma empresa.

Assim, iniciou-se um período em sua vida que podemos classificar de “deixa a vida me levar” que durou quase vinte anos, tendo como  destaque a conclusão do curso de contabilidade e a graduação em Administração de Empresas.

Nesse meio tempo, apesar de estar desenvolvendo uma carreira no departamento de planejamento estratégico da empresa, resolveu aceitar um convite para se transferir para a área econômica de outra empresa distribuidora de derivados de petróleo.

Lá, começou a ter contato com o mercado através de participações em comitês de energia em Brasília. Seu desempenho lhe rendeu um convite para assumir a gerência financeira, desafio este que foi aceito de imediato.

Nessa nova função acumulou importante experiência ao gerenciar uma equipe de 25 funcionários, todos ligados diretamente a administração dos recursos financeiros da instituição. Também acumulou experiência na negociação de debêntures no valor de US$ 20 milhões e capital de giro diário de US$ 2 milhões.

Aprendeu a lidar com a pressão. Aprendeu a lidar com pessoas. Aprendeu a lidar com o mercado e suas particularidades. Aprendeu a lidar com o dia a dia da vida de um executivo.

Já com 45 anos, viu a empresa perder o controle acionário para uma entrante no mercado e, assim, numa ordem natural da situação, saiu da empresa. Nesse momento já fervilhava dentro de Roberto, uma enorme vontade, quase se transformando em uma necessidade, de promover uma mudança radical em sua vida profissional e pessoal.
Precisava respirar novos ares.

Veio o tempo e, com ele, a oportunidade de se aposentar por já ter trabalhado o suficiente para poder usufruir  de tal benefício.
Roberto começou a se dedicar a um projeto: tornar pública sua experiência de 30 anos no mercado, para que outras pessoas pudessem ler, ouvir, enfim, tomar conhecimento de sua vida e, assim, poderem ver que a mudança renova, inova e nos faz ficar vivos.

Para que  esse processo pudesse se tornar realidade, teria que fazer alguns investimentos numa área desconhecida. A área da educação. E não teve nenhuma dúvida em fazê-lo ou medo desse novo desafio.

Voltou aos bancos de uma sala de aula e cursou  Pós-graduação em Administração Hospitalar.
A volta aos estudos lhe abriu novas perspectivas. Sua participação em congressos, seminários, jornadas e palestras, logo se transformou em propostas concretas para que pudesse dar início ao seu projeto. E então começou a facilitar cursos na área técnica do comércio.

O prazer por estar transmitindo seus conhecimentos, aliados a necessária teoria das disciplinas, contagiou Roberto Thiengo.

Em 2004, Roberto não teve receio em enviar seu currículo para uma Universidade, candidatando-se a uma vaga no corpo docente da Instituição.
Sua vasta experiência no mercado, sua graduação em Administração e sua vontade em exercer uma função de facilitador e construtor do conhecimento, lhe renderam um convite para dar aulas a alunos do curso de graduação em Administração de Empresas.

Com esse convite, mais um desafio se apresentou. E mais uma vez Roberto mudou. E mais uma vez Roberto evoluiu. E não parou por aí. Inscreveu-se e foi aprovado para ingressar no Mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial.

Hoje, já Mestre em Administração, dá aulas em graduação e pós-graduação. Também enveredou pelos caminhos virtuais da Educação, se tornando Professor Tutor de cursos on line da FGV e da Universidade Corporativa do Sebrae.

Roberto se considera um empreendedor. E ele é! Seu sonho em transmitir seus conhecimentos e experiências, para que outras pessoas possam facilitar seu caminho profissional, está se realizando.

Será que ele vai parar depois disso?
Com certeza, NÃO!
Sua cabeça e seu corpo já estão fervilhando por novas emoções e novos conhecimentos.
Afinal, mudar é evoluir!



Quais as diferenças entre Psiquiatra, Psicólogo, Psicanalista e Psicoterapeuta?

                                                                               Fábio Augusto Caló
Há, freqüentemente, dúvida sobre as diferenças entre psicólogo, psiquiatra, psicanalista e psicoterapeuta. Embora, estes profissionais possam trabalhar em campos ligados à saúde mental e compartilhem da missão de atender pessoas que anseiam por mudanças em relação ao que fazem, ao que sentem e ao que pensam, diferenças importantes podem ser identificadas. Tais diferenças concentram-se na formação do profissional, no modo de compreender o complexo fenômeno do comportamento humano e, conseqüentemente, nos métodos de intervenção.

O psiquiatra é um profissional com formação em Medicina e com especialização em Psiquiatria. Após a faculdade, então, faz residência em instituições de saúde mental, clínicas e hospitais psiquiátricos. Os conhecimentos desta área e especialidade médica concentram-se nos comportamentos que fogem à "normalidade". Desta forma, o médico psiquiatra está preparado para lidar com os mais variados transtornos mentais (depressão, psicoses, etc). Ele faz uso do sistema de diagnóstico baseado em manuais como CID10 – Código Internacional de Doenças e DSM-IV – Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais. E a principal forma de intervenção utilizada por este profissional é a prescrição de medicamentos como antidepressivos, ansiolíticos e outros psicofármacos.
O psicólogo é um profissional que concluiu a graduação em Psicologia, podendo atuar na área clínica, organizacional, educacional, esportiva e outras. Pode, ainda, atuar com pesquisa em universidades, contribuindo assim para descobertas sobre as variáveis relacionadas ao comportamento humano, normal ou desviante, nos mais variados contextos. Para atuar na área clínica, o psicólogo geralmente complementa a sua formação com cursos (especialização, pós-graduação stricto sensu e lato sensu); ele utiliza a psicoterapia, um conjunto de técnicas e meios para analisar e intervir nos problemas emocionais, comportamentais e/ou transtornos mentais. Na psicoterapia, o psicólogo, através da mediação verbal, conduz o seu cliente a um processo em que este se torna mais consciente das coisas que faz, pensa e sente no seu dia-a-dia e busca proporcionar a ele a aprendizagem de novos comportamentos para lidar com as suas dificuldades. O psicólogo que trabalha com psicologia clínica é também chamado de psicoterapeuta. Embora a psicoterapia derive de teorias psicológicas, o psiquiatra com treinamento adicional e outros profissionais têm, também, utilizado a psicoterapia e se identificado como psicoterapeutas.

A influência da família na escolha profissional

Ingrid Canedo
Gestalt-terapeuta e Orientadora vocacional
ircanedo@terra.com.br

 

De todas as etapas do desenvolvimento humano, a adolescência é o momento que acarreta mudanças mais significativas. Neste período o jovem sofre transformações em diversas áreas de sua vida. Ocorrem mudanças corporais, mudanças no relacionamento com a família, mudanças nos desejos, no pensamento e consequentemente na compreensão deste  sobre o  mundo que o cerca. A adolescência é um turbilhão de sensações e sentimentos, que na maioria das vezes são conflitantes e antagônicos: é o querer ser adulto por um lado mas continuar a ser criança por outro.

É neste momento complexo que o adolescente necessita decidir-se por uma profissão, ou seja, escolher entre diversas possibilidades profissionais num mundo em constante mutação. Para ser capaz de realizar esta escolha, o jovem deve voltar-se para si mesmo (autoconhecimento) e ao mesmo tempo informa-se sobre o mercado de trabalho e o mundo das profissões.

No processo de orientação vocacional  a etapa do autoconhecimento permiti ao jovem  refletir sobre suas características pessoais, suas competências e seus interesses, assim como, o auxilia a projetar-se no futuro e imaginar o tipo de vida que ele deseja construir. A orientação vocacional gestáltica acredita que a articulação entre escolha profissional e projeto de vida é fundamental, e que uma boa escolha  profissional é aquela que  leva em conta o estilo de vida que a pessoa almeja  para si.

É nesta articulação entre decisão profissional e estilo de vida, que os modelos familiares estão presentes, auxiliando ou mesmo dificultando a escolha do adolescente. A influência destes modelos se dá não somente pelas expectativas ditas e não ditas dos pais para o futuro dos filhos, mas por todo contexto  familiar no qual ele encontra-se  inserido . Tornar-se por isso  importante, o conhecimento   das opções profissionais dos membros desta família (bisavós, avós, pais, tios...), assim como, os valores transmitidos por esta com relação a trabalho, ideais e objetivos de vida.  

As estórias familiares contribuem, mesmo que indiretamente, para a construção da visão de mundo do jovem e consequentemente influenciam na sua identidade profissional. Muitas vezes os adolescentes optam por tipos de vida e profissões que parecem contraditórios aos desejos dos pais e ao modelo do núcleo familiar (pais e filhos). Mas um olhar mais atento para a estória desta família revela que a escolha do filho reflete, na realidade, um modelo familiar que se repete em  algumas gerações.

Neste momento decisivo é importante que os jovens se conscientizem destas influências de forma a decidir sobre quais modelos, valores e padrões, ele deseja perpetuar e quais ele gostaria de diferenciar-se. A compreensão destas influências possibilita ao jovem realizar uma escolha profissional consciente e  singular, diferenciando-se das expectativas parentais, sem contudo negar ou  alienar-se  dos determinantes familiares, sociais e culturais no qual ele  encontra-se  inserido.




 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Afinal, o que é auto-estima?

A auto-estima refere-se ao valor que atribuímos a nós mesmos e à capacidade de acreditarmos em nossas habilidades. Ela se desenvolve na infância, prospera por toda nossa formação e nos influencia diretamente pela valorização das pessoas.
A auto-estima é o mais importante julgamento que o ser humano faz, pois pode ser responsável tanto pelo sucesso como pelo fracasso de nossas vidas.
Quando temos uma boa auto-estima, nós nos sentimos seguros diante das pessoas e sabemos que vão gostar de nós pelo que somos. No entanto, quando nossa auto-estima é muito baixa, pensamos que devemos ser diferentes, e fica sempre a sensação de que há algo errado conosco, podendo apresentar sentimento de culpa, dúvidas e medos exagerados.
A adolescência é marcada por inúmeras transformações orgânicas e psicológicas sendo essas profundamente influenciadas pela auto-estima. O jovem busca a todo momento a aprovação seja do meio familiar ou do grupo a qual pertence.
Nessa fase é extremamente importante refletir sobre a auto-estima dos jovens, verificar seus pensamento e atitudes no dia-a-dia, se positivos ou negativos, pois a auto-estima influencia diretamente no desempenho escolar e consequentemente no período que antecede o vestibular.
Um jovem com baixa auto-estima passa por uma espécie de ciclo vicioso, no qual o jovem tende ao fracasso e a esperar pelo pior, é invadido por uma série de pensamentos negativos e por uma sensação constante de incapacidade. Nesses casos, o apoio da família e/ou a ajuda profissional é de extrema importância.
Ao contrário, um jovem com auto-estima elevada é confiante de si, de suas capacidades, de seus valores e está sempre em busca de seus objetivos, conquistando cada vez mais o seu espaço.
Responsabilidades, conflitos, dúvidas, medos e inseguranças quanto ao futuro e sentimentos de incapacidade em pequenas porções, são comuns nesse período confuso em que o jovem se encontra. Porém, a auto-estima é um fator decisivo para o jovem, e será responsável por levá-lo ou não a um futuro de sucesso e à sua conquista profissional!

Juliana Rodrigues, 24 anos, Fisioterapeuta

          Confira a entrevista da Juliana Rodrigues que acabou de realizar o sonho de se tornar fisioterapeuta!
          >>>> Juliana e um paciente com paralisia cerebral (um dos seus sonhos é especializar-se em neurohabilitação).



P- O que fez você escolher a sua profissão?

Eu sempre gostei da área da saúde, sempre quis fazer ou fisioterapia, acho bonito você poder curar alguém com suas próprias mãos. Acho uma profissão bonita, me identifico. Não tenho ninguém na minha família que serviu de espelho para essa profissão e nem que tenha me incentivado.

P-    Em que local você trabalha? Como é seu ambiente de trabalho?

Eu trabalho no hospital João Felício, em Juiz de Fora. Atendo pacientes na enfermaria pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca. Faço fisioterapia respiratória nesses pacientes.

P-    Vc trabalha sozinha ou em equipe?  

Trabalho em uma equipe com mais seis fisioterapeutas que estão se formando.

P-    Qual seu horário de trabalho?

     Trabalho de 13 h às 17 h, de segunda a sexta, em rotina regular.

 P- Você é empregada com carteira assinada e benefícios ou é autônoma?

Por enquanto trabalho como autônoma (Presta serviço para o hospital sem carteira assinada)
  
P-    Como você enxerga, atualmente, o mercado de trabalho para um profissional com a sua formação?

Um pouco desvalorizado e pouco reconhecido, embora seja um trabalho muito eficaz e muito necessário. Nos hospitais, ainda hoje, há essa cultura que os médicos sempre valem mais do que os outros profissionais da saúde. Mas, aos poucos e com muita competência, vamos ganhando nosso espaço.

P-    Como é o seu estilo de vida?

Sou solteira, moro com meu pai e meus irmãos; tenho tempo para a família, amigos e lazer.

P- Você está satisfeita com o seu rendimento mensal ou acha que poderia ganhar mais?

Poderia ganhar um pouco mais.

P-    Como você acha que um profissional com a sua formação pode ajudar na construção de um mundo melhor?

Principalmente através da humanização, ou seja, não tratar o paciente apenas como objeto de trabalho ou estudo e sim, como um ser humano, que precisa da sua ajuda.

P- O que você precisou fazer para chegar aonde chegou?

Estudar e trabalhar para pagar meus estudos.

P- Você consegue conciliar vida profissional e vida pessoal?

Sim.

P- Precisou abrir mão de algumas coisas na vida pessoal por causa da sua carreira?

Durante oito meses trabalhei de madrugada em uma boate para pagar meus estudos, então tive que abrir mão da minha vida social e não pude me dedicar a faculdade como eu gostaria durante esses oito meses.

P- Quais são suas responsabilidades na profissão que você exerce?

Lidar com pacientes graves cardiopatas onde eles precisam da minha ajuda para exercer qualquer atividade de vida diária.

P- Muitos adolescentes ficam muito preocupados com a questão do dinheiro que uma ou outra profissão pode proporcionar. Como foi para você essa questão?

Acho que o dinheiro vem com a dedicação. Estou procurando me atualizar ao máximo, me especializar e fazer novos cursos para aumentar minha renda.

P- A sua profissão te tornou um ser humano melhor?

   Sim. Lidando com pacientes carentes pude dar valor ao que eu tinha: meus estudos, minhas oportunidades, minha familia, minha saúde (fundamental!) etc.   



quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Alexandra faller, 29 anos, Psicóloga e administradora de RH

 (Alexandra com a filha Catarina, de 3 anos: para ela conciliar a carreira e a maternidade é fundamental!)

       1-O q fez vc escolher a sua profissão?         
Eu quis ser uma profissional completa, sou um tanto quanto perfeccionista, rs..
A minha primeira graduação foi de Administração com ênfase em RH, na ADM tive aulas de Psicologia Organizacional e me apaixonei, nesse momento vi o quanto um psicólogo contribuía para as Organizações e percebi que eu poderia ser uma ótima profissional de RH se tivesse o olhar comportamental do psicólogo.
Assim que me formai em ADM no mês seguinte já estava no primeiro período de Psicologia.
2- Em que local vc trabalha? Como é seu ambiente de trabalho?
Eu trabalho atualmente em dois lugares.
Atendo como psicóloga em meu consultório de noite, sou Gestalt-Terapeuta e durante o dia Coordeno a equipe de R&S do Instituto Capacitare.
Na clínica é um ambiente calmo e silencioso.
No Capacitare ficamos conectados em 220V, rs.. É bem agitado e movimentado. Além da empresa ser referência no Brasil em termos de RH, o clima de trabalho é maravilhoso, as pessoas que estão lá fazem toda diferença, o trabalho é de muita responsabilidade, comprometimento e seriedade, mas as pessoas tornam o ambiente amistoso e agradável.
Passo ótimos momentos em os meus trabalhos.
3- Vc trabalha sozinho ou em equipe?
Na clínica trabalho sozinha, mas conto com o suporte de algumas pessoas fora dos atendimentos.
Na empresa, trabalho o tempo todo em equipe, o que seria de mim e do setor que coordeno se não fosse o nosso trabalho de equipe. Acredito que hoje, mais que em outra época, é fundamental saber trabalhar em equipe, vejo que grande parte das pessoas que não tem essa habilidade tem muitas dificuldades de se colocarem no mercado de trabalho. Trabalho em equipe é fundamental em qualquer organização hoje em dia e é uma garantia de empregabilidade.
4- Qual seu horário de trabalho? Vc tem uma rotina regular ou o seu horário se modifica em função da carga de trabalho?
Na empresa o horário é regular, de segunda até sexta durante o horário comercial.
No consultório fica mais complicado de fazer um horário fixo, mas tento atender as pessoas nas em dias específicos da semana.
5- Você é empregado com carteira assinada e benefícios ou é autônomo?
Sou as duas coisas, tenho carteira assinada e trabalho por conta própria.
6- Como vc enxerga, atualmente, o mercado de trabalho para um profissional com a sua formação?
O mercado é bom para quem tem um bom relacionamento interpessoal, para quem é pró-ativo, dinâmico, para quem sabe trabalhar em grupo e para quem tem um bom conhecimento técnico.
Hoje não adiante ter apenas uma boa formação, hoje se conta muitíssimo, a forma de como você está no mundo.
7- Como é o seu estilo de vida: é casado, solteiro, mora sozinho ou com os pais, tem tempo para família e para o lazer?
Sou casada e tenho uma filha. Tento administrar o meu tempo da melhor forma para que possa ficar com a minha família e para fazer as coisas que gosto, como ir ao cinema e viajar.
Tenho conseguido até esse momento.
8- Você está satisfeito com o seu rendimento mensal ou acha que poderia ganhar mais?
Estou satisfeita com o que ganho mas poderia ganhar mais, rs..
9- Como vc acha que um profissional com a sua formação pode ajudar na construção de um mundo melhor?
Eu dou oportunidade para que as pessoas possam mudar seu estilo de vida, dou oportunidade para ficarem mais maduros, para serem mais responsáveis pelas suas escolhas, dou oportunidade para que tenham suas primeiras experiências profissionais, ou seja, dou oportunidade para que as pessoas cresçam como seres humanos e que se responsabilizem pelas suas escolhas.
Acho que eu poderia fazer mais pelas pessoas e sei que muitas pessoas com a mesma formação que a minha o fazem.
O ser administrador e o ser psicólogo são profissões que ajudam o meio social como uma todo.
Acredito que ajudamos a fazer um mundo melhor sim!
10- O que vc precisou fazer para chegar aonde chegou?
Precisei ter perseverança, acreditar em mim como ser humano, nos ensinamentos que tive e também tive sorte de encontrar pessoas maravilhosas no meu caminho que foram de fundamental importância para com que eu chegasse onde estou.
11- Vc consegue conciliar vida profissional e vida pessoal?
Sim, tranquilamente.
12- Precisou abrir mão de algumas coisas na vida pessoal por causa da sua carreira?
Sim, abri mão de algumas coisas. Muitas vezes tive que me dedicar aos estudos ou compromissos de trabalho e deixei de ir a uma festa ou a um encontro com amigos. Mas nada que não pudesse ser marcado para outro dia.
13- Quais são suas responsabilidades na profissão que vc exerce?
Sou responsável por inúmeros fatores, mas o que me chama mais atenção é a minha responsabilidade com a saúde mental das pessoas e pelas recolocações de pessoas no mercado de trabalho.
14- Muitos adolescentes ficam muito preocupados com a questão do dinheiro que uma ou outra profissão pode proporcionar. Como foi para vc essa questão?
Sempre acreditei que se eu fosse uma boa profissional receberia bem por isso. Eu nunca fiquei preocupada em relação a dinheiro na hora das minhas escolhas profissionais.
15- Você hoje, com certeza, é uma pessoa bem diferente da que vc era qnd vc escolheu qual carreira seguir.. Como a sua profissão te influenciou a se tornar a pessoa que vc é hj (suas convicções, vontades, crenças etc..) ?
Sou a mesma, mas mudei muitos pontos de vista, hoje sou flexível e me autorizo a mudar quantas vezes forem necessárias para o meu bem estar. A Psicologia me ajudou muito nesse aspecto. A Administração me ajudou a andar com os pés no chão.
>>> Para acessar o site da Empresa Capacitare: http://www.capacitare.com.br/
Se quiser tirar dúvidas sobre a profissão da Alexandra, mande um e-mail para ela: xandafaller@hotmail.com


Shirley Cruz, 35 anos, Atriz

Atriz, Jornalista e Produtora - Como atriz, atualmente faz parte do elenco principal da minissérie “Afinal, o que querem as mulheres?”, do premiado diretor Luiz Fernando Carvalho - Rede Globo, o mesmo do filme “Lavoura Arcaica”. Desde 2006 estrela o seriado “Filhos do Carnaval” da HBO, com Direção geral de Cao Hamburger, diretor do filme “O ano em que meus pais saíram de férias”.

Pela sua atuação na HBO, foi pré selecionada ao Emmy Awards 2010, considerado hoje o Oscar da TV mundial. No teatro esteve no projeto “Negro Olhar”, ao lado de Milton Gonçalves e Ruth de Souza. Sócia e diretora da Preta Produções, empresa extremamente atuante no mercado cultural, esteve a frente de projetos como a gravação do dvd e videoclipe da banda Little Joy, de Rodrigo Amarante (Los Hermanos), show da Maria Rita – G.R.E.S. Caprichosos de Pilares, para um público de 7.000 (sete mil) pessoas. Produziu também os filmes - “Chama Imperiana”, “Norótico”, “A Metralhadora de Selarón”, entre outros.
O projeto atual é o espetáculo “PALAVRA DE MULHER”, da Cia Contemporânea Mulher de Palavra, que criou para desenvolver textos ligados ao universo feminino.

Como Jornalista fez parte da equipe de Jornalismo do SBT, na função de repórter, sob a coordenação de Ana Paula Padrão.


P-     O que fez vc escolher a sua profissão? Alguém te incentivou? Vc acha q alguém te serviu como espelho? Como foi esse processo?

O que acontece é que eu, efetivamente atuo nas três áreas, então os processos foram diferentes, porém interligados. Meus pais foram responsáveis pelo meu acesso e paixão pela arte e pela comunicação. Desde sempre eles me levavam ao teatro, cinema, circo.. nossa, como eu fui ao circo.
Cresci dizendo que ia ser Analista de Sistema e infelizmente não pensei em orientação vocacional, o que me fez perder tempo e ver que não tinha nada haver com essa profissão. Quando vi que informática só era boa como ferramenta e não como ofício, imediatamente migrei para as artes cênicas. É como se o cupido tivesse me flechado!
Aí vem a família, preocupada, dizendo que essa coisa de artista é muito incerto e tal... Queria fazer alguma coisa que de alguma maneira tivesse alguma ligação. Fiz jornalismo e me apaixonei! COMUNICAÇÃO! Me sinto uma comunicadora.

P-     Em que local vc trabalha? Como é seu ambiente de trabalho?

Trabalho em emissoras, em produtoras e há 5 (cinco) anos, abri a Preta Produções com meu irmão, pra colocar em prática nossos próprios sonhos. Eu amo o que faço, portanto se eventualmente o ambiente não estiver bom, eu faço ficar rapidamente.

P-     Vc trabalha sozinho ou em equipe?
Em equipe.

P-     Qual seu horário de trabalho? Vc tem uma rotina regular ou o seu horário se modifica em função da carga de trabalho?
Tudo imprevisível!!! Sem rotina!! Surpreendente o tempo inteiro.

P-     Você é empregado com carteira assinada e benefícios ou é autônomo?
Só quando estou contratada. Ou cachê!

P-     Como vc enxerga, atualmente, o mercado de trabalho para um profissional com a sua formação?
Não vejo diferença entre as profissões. A dificuldade não está ligada a isso. O mundo está confuso, só sobrevivem os resistentes, persistentes e os talentosos.

P-     Como é o seu estilo de vida: é casado, solteiro, mora sozinho ou com os pais, tem tempo para família e para o lazer?

Sou solteira, moro com meu irmão mais que amigo e reservo os domingos pra família.

P-     Você está satisfeito com o seu rendimento mensal ou acha que poderia ganhar mais?
Sou feliz, já comprei minha casa e vejo minha carreira crescer a cada dia. Não tenho dúvidas da onde vou chegar.

P-     Como vc acha que um profissional com a sua formação pode ajudar na construção de um mundo melhor?
Se cada um fizer a sua parte, não existiria problemas. No meu caso a informação é a ferramenta principal.

P-      O que vc precisou fazer para chegar aonde chegou?

Gosto do que faço, tenho força de vontade, me qualifico sempre e me articulo muito, procuro conhecer as pessoas do meio.

P-      Vc consegue conciliar vida profissional e vida pessoal?
Sim

P-      Precisou abrir mão de algumas coisas na vida pessoal por causa da sua carreira?
Isso é normal, a vida é feita de escolhas.

Quais são suas responsabilidades na profissão que vc exerce?
Muitas. O principal é preciso ter palavra e cumprir seus compromissos. Ler muito, ser sociável, na minha profissão é preciso gostar de gente.


P-      Muitos jovens ficam muito preocupados com a questão do dinheiro que uma ou outra profissão pode proporcionar. Como foi para vc essa questão?

Claro que tem profissões que nitidamente você tem chances maiores de ganhar uma boa grana. Mas em geral não acredito nisso. Tem médico rico e pobre, tem advogado rico e pobre, tem artista rico e pobre... isso não tem regra. O fato de vc estudar medicina não te garante uma boa conta bancária. O tem talento, perseverança, esforço e uma boa pitada de AXÉ é que contam.

P-       Você hoje, com certeza, é uma pessoa bem diferente da que vc era qnd vc escolheu qual carreira seguir.. Como a tua profissão te influenciou pessoalmente?Foi DETERMINANTE. Fui e sou feliz de verdade nas minhas escolhas. O fato de me relacionar muito com as pessoas, de trabalhar com a emoção e com a informação me fez um ser humano mais interessante e melhor.


>>> Para ver Shirley no vídeo dá uma olhada nestes links:
http://www.youtube.com/watch?v=iVdg_W6TdnE
http://www.youtube.com/watch?v=wbLyXiB--fI

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Vitor Darze, 31 anos, Administrador de Empresas e empresário


Parece que para Vitor escolher que caminho seguir depois da escola não foi nada difícil:

“A minha escolha foi baseada no meu perfil de pessoa que sempre controlou as próprias finanças desde a infância e sempre se interessou pelo mundo empresarial. Desde pequeno já era totalmente familiarizado com o mundo dos números... Não tive nenhum incentivo de qualquer pessoa. Foi uma escolha natural e entre os cursos oferecidos, o de administração foi o que mais se encaixou com o que gosto de fazer.”

Essa inclinação natural para finanças levou Vitor a se tornar um empresário aos 28 anos:

“Administro sozinho uma loja, controlando todas as áreas: compras, estoque, finanças, marketing e vendas. Controlo e cobro empenho de uma equipe de vendedores e como sou autônomo, posso ter horário flexível, deixando uma outra pessoa tomando conta do negócio quando não estou presente.”

Vitor é dono da Loja 40 graus, localizada na SAARA, Rio de janeiro. A loja comercializa havaianas, ecobags e outros acessórios. Mas nem tudo são flores para quem tem um negócio próprio: é preciso muita liderança, força de vontade e visão empresarial. Há apenas 6 meses, Vitor fez uma viagem para China, lugar em que há muitas oportunidades de negócios e idéias novas para renovação de qualquer estoque! Para Vitor, no mundo empresarial não pode haver estagnação:

“Cometi muitos erros e graças a eles, cheguei aonde cheguei. O importante sempre é ousar e ser empreendedor. O empreendedor de sucesso nunca tem medo de ousar e de errar. Graças a essas experiências é que se chega longe, pois se vai adquirindo conhecimento e preparo para os novos desafios. Sorte também é um fator importantíssimo. Estar no lugar certo, na hora certa, faz toda a diferença. Somado a tudo isso, uma boa formação acadêmica como pano de fundo, que dê embasamento teórico, também é importantíssimo. São vários fatores interligados, que não funcionam sem o outro.”

Mas nem sempre foi assim. Vitor trabalhou por sete anos na empresa Hermes e acumulou bastante experiência para entrar no mundo dos empresários. Mas não esconde: seu sonho sempre foi o negócio próprio. Quanto ao mercado de trabalho, ele também é bastante otimista:

“Muito bom, as oportunidades são diversas. Porém é preciso sempre estar atualizado e ter uma boa formação. Inglês e uma pós graduação não são mais opções e sim obrigações. Quanto mais tempo de estudo, melhor a colocação no mercado de trabalho e conseqüentemente melhor é o salário.”

E, aliás, também perguntamos sobre a questão do salário:

“Fazendo um balanço geral, estou muito satisfeito. O fato de ser autônomo me dá a liberdade de buscar sempre novas oportunidades e parcerias que agreguem valor ao meu negócio. O mais importante na vida é trabalhar com o que se gosta. O salário é sempre conseqüência de um bom trabalho feito e um bom trabalho feito é fruto de dedicação e amor ao que se faz.”
Além de trabalhar com o que gosta, Vitor ainda tem a consciência que contribui para tornar o Brasil um país melhor:

“Todos podem ajudar na construção de um mundo melhor, seja qual for a profissão. Até para quem não tem profissão basta a vontade de contribuir com alguma coisa. No meu caso, ajudo gerando empregos e pagando impostos. Quando se gera um emprego, treina-se uma nova pessoa preparada para o mercado de trabalho. A pessoa começa a trabalhar, aprende o oficio e mesmo que mude de emprego, continuará com aquela semente de aprendizado. Alem disso quem trabalha, recebe um salário e este valor é injetado na economia, gerando um ciclo virtuoso, pois gera consumo, que gera crescimento na economia, que gera novos empregos.”