>>>> Juliana e um paciente com paralisia cerebral (um dos seus sonhos é especializar-se em neurohabilitação).
P- O que fez você escolher a sua profissão?
Eu sempre gostei da área da saúde, sempre quis fazer ou fisioterapia, acho bonito você poder curar alguém com suas próprias mãos. Acho uma profissão bonita, me identifico. Não tenho ninguém na minha família que serviu de espelho para essa profissão e nem que tenha me incentivado.
P- Em que local você trabalha? Como é seu ambiente de trabalho?
Eu trabalho no hospital João Felício, em Juiz de Fora. Atendo pacientes na enfermaria pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca. Faço fisioterapia respiratória nesses pacientes.
P- Vc trabalha sozinha ou em equipe?
Trabalho em uma equipe com mais seis fisioterapeutas que estão se formando.
P- Qual seu horário de trabalho?
Trabalho de 13 h às 17 h, de segunda a sexta, em rotina regular.
P- Você é empregada com carteira assinada e benefícios ou é autônoma?
Por enquanto trabalho como autônoma (Presta serviço para o hospital sem carteira assinada)
P- Como você enxerga, atualmente, o mercado de trabalho para um profissional com a sua formação?
Um pouco desvalorizado e pouco reconhecido, embora seja um trabalho muito eficaz e muito necessário. Nos hospitais, ainda hoje, há essa cultura que os médicos sempre valem mais do que os outros profissionais da saúde. Mas, aos poucos e com muita competência, vamos ganhando nosso espaço.
P- Como é o seu estilo de vida?
Sou solteira, moro com meu pai e meus irmãos; tenho tempo para a família, amigos e lazer.
P- Você está satisfeita com o seu rendimento mensal ou acha que poderia ganhar mais?
Poderia ganhar um pouco mais.
P- Como você acha que um profissional com a sua formação pode ajudar na construção de um mundo melhor?
Principalmente através da humanização, ou seja, não tratar o paciente apenas como objeto de trabalho ou estudo e sim, como um ser humano, que precisa da sua ajuda.
P- O que você precisou fazer para chegar aonde chegou?
Estudar e trabalhar para pagar meus estudos.
P- Você consegue conciliar vida profissional e vida pessoal?
Sim.
P- Precisou abrir mão de algumas coisas na vida pessoal por causa da sua carreira?
Durante oito meses trabalhei de madrugada em uma boate para pagar meus estudos, então tive que abrir mão da minha vida social e não pude me dedicar a faculdade como eu gostaria durante esses oito meses.
P- Quais são suas responsabilidades na profissão que você exerce?
Lidar com pacientes graves cardiopatas onde eles precisam da minha ajuda para exercer qualquer atividade de vida diária.
P- Muitos adolescentes ficam muito preocupados com a questão do dinheiro que uma ou outra profissão pode proporcionar. Como foi para você essa questão?
Acho que o dinheiro vem com a dedicação. Estou procurando me atualizar ao máximo, me especializar e fazer novos cursos para aumentar minha renda.
P- A sua profissão te tornou um ser humano melhor?
Sim. Lidando com pacientes carentes pude dar valor ao que eu tinha: meus estudos, minhas oportunidades, minha familia, minha saúde (fundamental!) etc.
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